“Um estudo publicado
pelo departamento de Economia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT)
conclui que as turmas sem computadores nas salas de aula obtêm melhores
resultados do que turmas que podem recorrer parcial ou totalmente a tecnologia.
O estudo é destacado pelo Washington Post e relança a discussão dos últimos anos sobre as
consequências do uso de computadores nas salas de aula. (...)"
"O tema tem dividido professores e
educadores e multiplicado as teorias e opiniões entre os especialistas na área da
Educação. Se, por um lado, há quem considere que os computadores na sala de
aula são uma distração, por outro o molde “aborrecido e tradicional” das aulas
é apontado como o principal culpado da desatenção dos alunos. Em 2003, por
exemplo, um estudo da Universidade de Princeton e da Universidade de
Califórnia, alertava que tirar apontamentos no computador dificultava a
aprendizagem. Ao escrever em computadores, os alunos tinham mais dificuldade em
recordar-se do que tinham escrito comparativamente com alunos que faziam as
suas anotações num caderno. Já em 2014, um outro estudo acrescentava
que os alunos tinham mais dificuldade em compreender os raciocínios mais
complexos quando tiravam notas através de um computador. À data, os
investigadores explicavam que os alunos que usam os computadores tendem a
transcrever as aulas e não processam a informação, o que prejudica o
desenvolvimento do seu raciocínio e e da sua aprendizagem, diminuindo a
capacidade de resposta e os resultados académicos."
"No
estudo desenvolvido pelo MIT, os investigadores dividiram um conjunto de alunos
da Academia Militar dos EUA em três grupos diferentes de forma a comparar os
resultados obtidos na mesma instituição, com os mesmos métodos de ensino e com
as mesmas matérias de estudo. O primeiro grupo usou computadores ou tablets para tirar apontamentos durante as aulas. O
segundo usou tablets, mas apenas para recorrer a materiais ligados às
aulas. Já o terceiro grupo não tinha permissão para usar qualquer tipo de
instrumento tecnológico.
Os alunos que tinham
autorização para usar os computadores foram os que obtiveram os piores
resultados. Além disso, o estudo mostra ainda que os melhores alunos foram os
mais prejudicados pelo recurso ao apoio tecnológico."
“Num ambiente com
menos incentivos para a obtenção de bons resultados, menos restrições
disciplinares a comportamentos distrativos e turmas maiores, os efeitos do uso
da tecnologia podem ser ainda maiores”, sublinha o estudo. Além disso, os investigadores acreditam
que “retirar os computadores das salas de aula seria mais eficiente para a
prestação académica de um aluno do que uma bolsa de mérito”.
A partir desta notícia podemos concluir
que a tecnologia pode influenciar de forma negativa o aproveitamento escolar já
que os alunos quando tiram os apontamentos para o computador não conseguem
processar a informação ao contrário daqueles que não usavam a tecnologia e
retiram os seus apontamentos de forma tradicional obtém os melhores resultados.
Vários estudos realizados comprovam o acima evidenciado.
Por um outro lado também podemos explicar
que quando os alunos usam a tecnologia e o seu aproveitamento é negativo pode
dever-se ao conceito de multitasking , ou seja, a capacidade de conseguir fazer
várias coisas ao mesmo tempo revelando-se que os alunos não dispõem dessa
capacidade.
Em suma, segundo estes estudos conclui-se
que a tecnologia não é benéfica para o uso diárias nas salas de aulas
influenciando o rendimento escolar de forma negativa dos alunos.
PP
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