Entende se por inovação pedagógica um processo que trata
"obrigatoriamente, das práticas pedagógicas que definem a relação entre os
participantes, no sentido de quem aprende e de quem ajuda nesse processo".
(LIMA, 2017, p.54).
Mas afinal o
que é uma prática pedagógica? Esta é mais vasta e não tem a escola como um
local natural, tem de haver uma inovação fora desta. Para que haja
inovação pedagógica tem de existir três coisas: aprendizagem, autonomia e
colaboração. Em relação às práticas pedagógicas devem abranger estudos
com base em mudanças de paradigmas e estudos sobre a educação, sendo ofício à
aprendizagem e não o ensino. (LIMA 2017)
Certos
"pensadores como Piaget e Morin apresentaram ideias que serviram como
mudanças de paradigmas na educação. Para Piaget (1934c, p. 31), “somente a
educação pode salvar nossas sociedades de uma possível dissolução, violenta ou
gradual”, enquanto possibilidade de inovação e transformação, onde “qualquer
conhecimento opera por seleção de dados significativos e rejeição de dados não
significativos: separa (distingue ou disjunta) e une (associa, identifica);
hierarquiza (o principal, o secundário) e centraliza” (MORIN, 2007, p. 10),
diante do que se pensava ser o ideal no processo de aprendizagem, embora
compreendamos que muitos processos conservadores barram as mudanças por medo do
novo, por acomodação. “(LIMA, 2017, p.55)
Sendo assim o
que consideramos como um paradigma?
Existem
diversas definições de paradigma sendo que uma das definições mais completa é a
do físico Thomas Khunn, na qual este considera que os paradigmas são as "
realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo,
fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes da
ciência. “(KUHN, 1998, p.13).
De realçar
neste processo de inovação pedagógica o papel que o aluno e o professor devem
desempenhar.
"Quanto
ao aluno cabe ser o produtor de seu conhecimento a partir da colaboração do
professor e dos demais colegas; habituar-se a estudar, pesquisar e elaborar
(DEMO, 1996). Assim, ele terá uma capacidade maior de construir, lidar com os
conhecimentos, e melhorará na proficiência de todas as áreas. " (LIMA, 2017,
p.54)
Por
contrapartida o professor " é necessário resgatar sua autonomia
(STENHOUSE, 2003), sua ação transformadora, que é capaz de ajudar o aluno a
compreender sua capacidade de superação, como defende Ball (2002, p. 9) quando
conclui que “o ato de ensinar e a subjetividade do professor estão ambos
profundamente alterados dentro desta nova visão de gestão (de qualidade e
excelência)”. O professor tem que ser o profissional da aprendizagem, e não do
ensino. Deve voltar-se para a produção de conhecimento, para a pesquisa (DEMO,
1996). E não pode ser percebido mais como um instrutor de conhecimento; deve
procurar inovar suas práticas. " (LIMA, 2017, p.53)
Referências :
LIMA, A., (2017). Projeto de Monitoria no Colégio Antares: produção de novos significados através da autonomia e colaboração no processo de aprendizagem. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO. UNIVERSIDADE DA MADEIRA.
PP
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