quarta-feira, 23 de maio de 2018

Inovação Pedagógica: O Conceito


Entende se por inovação pedagógica um processo que trata "obrigatoriamente, das práticas pedagógicas que definem a relação entre os participantes, no sentido de quem aprende e de quem ajuda nesse processo". (LIMA, 2017, p.54).
Mas afinal o que é uma prática pedagógica? Esta é mais vasta e não tem a escola como um local natural, tem de haver uma inovação fora desta.  Para que haja inovação pedagógica tem de existir três coisas: aprendizagem, autonomia e colaboração.  Em relação às práticas pedagógicas devem abranger estudos com base em mudanças de paradigmas e estudos sobre a educação, sendo ofício à aprendizagem e não o ensino. (LIMA 2017)
Certos "pensadores como Piaget e Morin apresentaram ideias que serviram como mudanças de paradigmas na educação. Para Piaget (1934c, p. 31), “somente a educação pode salvar nossas sociedades de uma possível dissolução, violenta ou gradual”, enquanto possibilidade de inovação e transformação, onde “qualquer conhecimento opera por seleção de dados significativos e rejeição de dados não significativos: separa (distingue ou disjunta) e une (associa, identifica); hierarquiza (o principal, o secundário) e centraliza” (MORIN, 2007, p. 10), diante do que se pensava ser o ideal no processo de aprendizagem, embora compreendamos que muitos processos conservadores barram as mudanças por medo do novo, por acomodação. “(LIMA, 2017, p.55)
Sendo assim o que consideramos como um paradigma?
Existem diversas definições de paradigma sendo que uma das definições mais completa é a do físico Thomas Khunn, na qual este considera que os paradigmas são as " realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes da ciência. “(KUHN, 1998, p.13).
De realçar neste processo de inovação pedagógica o papel que o aluno e o professor devem desempenhar.
"Quanto ao aluno cabe ser o produtor de seu conhecimento a partir da colaboração do professor e dos demais colegas; habituar-se a estudar, pesquisar e elaborar (DEMO, 1996). Assim, ele terá uma capacidade maior de construir, lidar com os conhecimentos, e melhorará na proficiência de todas as áreas. " (LIMA, 2017, p.54)
Por contrapartida o professor " é necessário resgatar sua autonomia (STENHOUSE, 2003), sua ação transformadora, que é capaz de ajudar o aluno a compreender sua capacidade de superação, como defende Ball (2002, p. 9) quando conclui que “o ato de ensinar e a subjetividade do professor estão ambos profundamente alterados dentro desta nova visão de gestão (de qualidade e excelência)”. O professor tem que ser o profissional da aprendizagem, e não do ensino. Deve voltar-se para a produção de conhecimento, para a pesquisa (DEMO, 1996). E não pode ser percebido mais como um instrutor de conhecimento; deve procurar inovar suas práticas. " (LIMA, 2017, p.53)

Referências :
LIMA, A., (2017). Projeto de Monitoria no Colégio Antares: produção de novos significados através da autonomia e colaboração no processo de aprendizagem. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO. UNIVERSIDADE DA MADEIRA.

PP

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